Você já parou para pensar que corpo e mente funcionam como uma grande unidade, impossível de separar? Pensando nisso, decidimos falar neste artigo sobre cérebro e coração — dois órgãos vitais intimamente conectados.
Entre eles há um diálogo interno constante e de grande impacto em nossa vida como um todo, tanto do ponto de vista físico quanto emocional. Vamos conversar sobre isso? Acompanhe este post!
Como cérebro e coração se conectam?
Cérebro e coração estão conectados por uma emaranhada rede de nervos e neurotransmissores que garantem a comunicação entre eles. Além disso, o coração conta com seu próprio sistema nervoso intracardíaco (conhecido pela sigla ICN), que monitora e corrige distúrbios entre ambos os sistemas do corpo.
Do ponto de vista físico, quando existe algum problema de comunicação entre o cérebro e o coração, o resultado é o surgimento de doenças cardíacas, as quais vão desde problemas de bombeamento do sangue até ataques cardíacos e morte súbita do coração.
Até um tempo atrás, pouco se sabia sobre essa relação entre cérebro e coração, mas vários estudos recentes sugerem que essa conexão é muito mais íntima, uma via de mão dupla e dinâmica, com influência mútua no funcionamento desses órgãos.
Por exemplo, cientistas da Thomas Jefferson University (EUA) publicaram um artigo no qual afirmam que o coração possui sua própria rede de neurônios que apelidaram de o “cérebro do coração” (heart-brain). Esta consegue enviar mensagens autônomas para o cérebro, a partir de estímulos do organismo, as quais são recebidas por algumas partes do cérebro.
Qual a relação entre cérebro e coração?
Com base nas estruturas anatômicas e estímulos externos, sabemos que cérebro e coração se complementam de maneira interdependente em seu funcionamento. Ou seja, se um desses órgãos adoece, o outro é afetado.
Com as descobertas científicas recentes, hoje se entende que o coração é mais que uma bomba feita para nos manter vivos. Os estímulos enviados ao cérebro pelo órgão fornecem informações capazes de inibir ou ativar diferentes áreas de maneira constante.
Em um exemplo prático, pessoas que sofrem de ansiedade são orientadas a respirar calmamente durante uma crise. A respiração lenta e controlada diminui os batimentos cardíacos, e a tendência é que o indivíduo se acalme.
É mais ou menos assim, o cérebro envia um estímulo e o coração reage. Porém, este é capaz de se reorganizar por meio de outro estímulo e ajudar o cérebro a inibir emoções. Às vezes, esse esforço é voluntário (parte de uma reação mental consciente), em outros momentos, é puramente orgânico, e não percebemos.
Qual a importância de fortalecer os dois?
Todas as nossas experiências na vida geram marcas neurológicas que acabam criando respostas automáticas, as quais se tornam hábitos. Muitas dessas respostas estão relacionadas ao nosso sistema de luta e fuga (o sistema nervoso simpático), que desperta reações no nosso corpo diante do que o cérebro entende como perigo ou ameaça.
Com isso, há uma descarga de hormônios e outras substâncias que excitam nosso corpo, aumentando a pressão arterial, contraindo músculos, dilatando as pupilas etc. O problema é que estamos sujeitos a estímulos estressores o tempo todo ― no trânsito, na fila do supermercado e até lendo notícias na internet. Esse estímulo incontrolável gera uma série de problemas, como estresse, ansiedade, raiva excessiva, entre outros, reverberando em nosso corpo e sem poupar especialmente o coração.
Logo, é preciso cuidar de ambos, tomando consciência de como reagimos ao mundo e adotando condutas de maior autocuidado físico e emocional. Por exemplo:
- perceba se vale a pena se irritar com tudo que acontece ao seu redor;
- procure acalmar seu corpo por meio de práticas como a meditação;
- coma alimentos que ajudam na saúde do cérebro e do coração;
- pratique atividades físicas;
- ouça música relaxante;
- consuma conteúdos que mantenham você feliz e com sensação de bem-estar;
- frequente periodicamente o cardiologista e o neurologista para fazer check-ups preventivos.
Como você viu, cérebro e coração são órgãos muito mais intimamente conectados do que imaginamos. Cuidar deles garante não só nosso bem-estar e saúde, mas também contribui para a longevidade com qualidade de vida.
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