Você sabia que no dia 11 de abril foi o dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e que todo o mês é voltado para a conscientização desta doença?

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que resulta em prejuízos progressivos, em regiões motoras e nas habilidades cognitivas.

A descrição original da patologia foi feita por James Parkinson no ano de 1817, com o nome de paralisia agitante.

Homem segura mão esquerda
A Doença de Parkinson faz parte do grupo de doenças neurodegenerativas

Na época chamada de “paralisia agitante”. Somente 50 anos depois, após novas descobertas feitas pelo pesquisador Jean-Martin Charcot a doença recebeu o nome de Doença de Parkinson (DP).

No ano de 2005, a tulipa vermelha foi escolhida como o símbolo oficial do mês de sensibilização da doença de Parkinson.

A escolha deste símbolo originou-se, em decorrência da criação de uma tulipa vermelha com detalhes em branco pelo floricultor holandês diagnosticado com Parkinson, J.W.S Van der Wereld.

Conscientização sobre a Doença de Parkinson - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

Ele nomeou sua criação como tulipa Dr. James Parkinson, em homenagem às contribuições feitas pelo médico.

A DP faz parte do grupo de doenças neurodegenerativas e atinge principalmente pessoas acima de 50 anos. Estudos indicam que a possibilidade de ser acometido pela doença aumenta de acordo com a idade.

A população mundial com Doença de Parkinson

Hoje, mais de 10 milhões de pessoas vivem com Parkinson, o que a classifica como segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo, atrás apenas da doença de Alzheimer.

Dados revelam que atualmente cerca de 200 mil brasileiros têm o diagnóstico da doença, no entanto, possivelmente esse número é mais elevado, pois são necessários diversos exames e procedimentos para identificar a DP (Hope Saúde, 2022).

A cada 1000 pessoas, 1 ou 2 têm DP em todo o mundo e a prevalência aumenta significativamente a partir dos 60 anos, quando 1 em cada cem pessoas pode apresentar sintomas da doença.

Em relação à incidência, os homens são relativamente mais acometidos do que as mulheres, assim como as pessoas brancas. (PARKINSON’S FOUNDATION, 2020; Hope Saúde 2022)

Apesar dos avanços da ciência, os conhecimentos sobre a DP ainda são limitados, não existindo um consenso sobre sua causa e o quanto está relacionada ao processo de envelhecimento.

As pesquisas para Doença de Parkinson

Pesquisadores têm direcionado as investigações principalmente para quatro fatores: aspectos genéticos (considerando a hereditariedade), aspectos ambientais (exposição a toxinas), estresse oxidativo e alterações celulares.

Mulher segura copo de água
Doença de Parkinson é caracterizada por tremores

Existe grande possibilidade dos quatro fatores anteriormente citados estarem relacionados, e que juntos, causam danos na região da substância nigra, área do cérebro responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que leva informações do cérebro para o corpo.

Portanto, quando essa região é comprometida e seus neurotransmissores morrem, há um comprometimento do funcionamento adequado do corpo, gerando diversos sintomas.

Os primeiros sintomas costumam ser notados inicialmente pelas pessoas mais próximas, como a lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos.

Outros sintomas são: a diminuição do tamanho da letra, a rigidez muscular, acinesia, ou seja, uma diminuição dos movimentos, problemas na fala e no sono, depressão, além de problemas respiratórios, urinários e dificuldade na deglutição.

Homem segura braço que segura talher
Pessoas acima de 50 anos são as mais atingidas pela Doença de Parkinson

Algumas orientações podem auxiliar a rotina do paciente e de seus familiares na Doença de Parkinson

  • Praticar atividades físicas: sabemos que os exercícios físicos auxiliam a preservar por exemplo, a capacidade de execução dos movimentos, portanto, pode ajudar a retardar o avanço acelerado desse declínio.
  • Realizar exercícios de orientação temporal: é sempre importante discutir com a pessoa que tem DP o dia, o mês e o ano em que estamos, além de sempre questionar a hora aproximada, pois assim ela se situará no tempo.
  • Discutir notícias recentes: ler notícias preferencialmente positivas, essa atividade contribuirá para saber os acontecimentos da humanidade.
  • Desenvolver exercícios intelectuais: esses exercícios contribuem para a preservação das funções cognitivas, como por exemplo, a memória. Os exercícios do Método Supera colaboram para que pessoas saudáveis ou com leve declínio cognitivo mantenham as suas capacidades intelectuais.

Este mês tem uma importante relevância, pois não refere-se à uma comemoração, e sim ao fato de promovermos ações de sensibilização e conscientização, em prol dos cuidadores, pacientes diagnosticados com a DP e profissionais que lidam diariamente com os cuidados e tratamentos relacionados à doença.

E é uma forma de não estigmatizar a vida do portador de DP, evitando assim tabus e estereótipos presentes na sociedade em relação às doenças neurodegenerativas.

A importância da divulgação dessas doenças se traduz no aumento dos atendimentos realizados por profissionais de diversas formações e especialidades.

Os avanços em genética molecular, neuroimagem estrutural e funcional podem, no futuro muito próximo, prover um melhor entendimento sobre estas doenças raras e auxiliar no diagnóstico precoce e possivelmente no manejo do tratamento.

Adicionalmente, o desenvolvimento de métodos paliativos e as pesquisas com fármacos que são utilizados convencionalmente para tratamento de outras doenças também mostram promissores no âmbito terapêutico.

O conhecimento mais específico na DP e nas síndromes Parkinson plus, poderão promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares e possibilitar a capacitação das equipes multidisciplinares e multiprofissionais que lidam diariamente com pacientes com estas condições clínicas.

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